28/11/2011

STEPHENIE MEYER, DE “CREPÚSCULO”, EM ENTREVISTA EXCLUSIVA

“Agora meu marido cuida dos filhos enquanto escrevo”

Stephenie Meyer, uma dona de casa mórmon, mãe de três filhos, tornou-se o maior fenômeno da literatura mundial desde J.K. Rowling e seu Harry Potter

Stephenie Meyer é uma escritora de livros sobre vampiros que detesta histórias de vampiros. Nunca leu Bram Stoker, o clássico autor que consagrou o Conde Drácula. De Anne Rice, a autora da seqüência de bestsellers sobre o vampiro Lestat, Stephenie só leu um livro, no colégio: “Nem me lembro direito”. Assiste a filmes e séries de terror? De jeito nenhum porque diz fugir de tudo que seja impróprio para menores de 18 anos. Como, então, esta pacata mãe de família mórmon, com três filhos, que na arte de escrever nunca havia ido além de trabalhos na faculdade e e-mails para amigos, conseguiu escrever o maior fenômeno literário desde Harry Potter?

Literalmente, da noite para o dia. Num verão de junho de 2003, enquanto dormia com o marido e três filhos na sua casa no subúrbio de Phoenix, no Arizona, Stephenie sonhou com o encontro romântico entre uma adolescente e um vampiro num anoitecer chuvoso. Na manhã seguinte ela, então com 29 anos, começou a escrever as 416 páginas de Crepúsculo (Intrínseca, R$ 39,90), primeiro dos quatro volumes da saga Twilight. Verdadeiro frenesi entre os americanos, os três livros da série já lançados venderam mais de 7 milhões de cópias nos Estados Unidos, e outros 3 milhões no mundo. Figuraram na referencial lista de bestsellers do jornal The New York Times por 143 semanas. O quarto e derradeiro volume da saga, Breaking Dawn, é o mais vendido no site Amazon.com há dois meses - e será lançado apenas em agosto, com tiragem inicial de 3,2 milhões de exemplares.

“Nunca imaginei tanto sucesso”, diz Stephenie. “Só pensei que talvez pudesse pagar algumas dívidas com o dinheiro”. Tamanho furor, que começa a se alastrar pelo mundo, só foi visto antes com Harry Potter. Stephenie, aliás, parece trilhar o caminho aberto pela criadora do bruxinho mais famoso do planeta, J.K. Rowling. Em maio, foi até eleita uma das 100 pessoas mais influentes do mundo pela prestigiosa lista anual da revista Time, assim como J.K. já foi um dia. Nesta entrevista exclusiva a ÉPOCA, Stephenie Meyer fala sobre o estrondoso e involuntário sucesso de saga Crepúsculo, sobre seu afortunado sonho e o frenesi em torno de seus livros.

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Como se formou o Clã dos Cullen

Dr. Carlisle: Filho de um pastor Anglicano, Carlisle cresceu durante um período de perseguição religiosa. O pai dele liderava caças a bruxas, lobisomens e vampiros, tudo em nome da limpeza do mal no mundo. Quando o pai dele ficou mais velho, Carlisle teve que tomar as rédeas. Carlisle não era tão entusiasmado com as matanças quanto o seu pai era, mas ele foi esperto o suficiente pra descobrir o esconderijo de vampiros de verdade que vivam nos esgotos da cidade. Ele fez uma armadilha para os vampiros e perseguiu um deles. Carlisle acredita que aquele vampiro estava faminto demais pra correr e resolveu atacar. O vampiro pulou em Carlisle e o deixou sangrando nas ruas depois de matar dois homens e fugir levando um terceiro.
Sabendo como seu pai iria reagir, Carlisle se arrastou até uma plantação e se escondeu no meio de batatas estragadas pelos três dias da mudança. Quando ele reapareceu, já era vampiro. No começo, ele tentou se destruir, se atirando de grandes alturas ou tentando se afogar no oceano. De alguma forma, ele estava tão enojado pelo que ele era que ele recusava se alimentar de humanos. Ele tentou até se matar de fome.
Eventualmente, a sede ficou poderosa demais e ele atacou um grupo de veados que estavam passando. Ele descobriu que se alimentar de animais podia sustentá-lo em sua vida e que isso era infinitamente mais humano do que tomar a vida de outros humanos. Através dos séculos, ele desenvolveu uma espécie de imunidade ao cheiro de sangue humano e foi capaz de se tornar um médico.
Em 1911, ele estava trabalhando em Columbus, Ohio, onde ele tratou uma feliz e linda jovem chamada Esme Platt, que havia quebrado uma perna. Pouco tempo depois disso, ele se mudou pra Chicago.
A gripe espanhola atacou a cidade e Carlisle se encontrou tratando Edward, que havia acabado de perder seus pais e que também estava à beira da morte. Foi a mãe de Edward que pediu que o Dr. Cullen salvasse Edward. Ela parecia "saber" que Carlisle podia salvá-lo de um jeito especial e o implorou que o fizesse. Carlisle agiu por causa da solidão e transformou Edward.
Os dois se mudaram pra Winsconsin, onde, em 1921, Carlisle conheceu Esme. Ela estava ferida por causa de uma tentativa fracassada de suicídio. Encantado por ela, Carlisle a transformou pra salvá-la. Os dois se apaixonaram e se casaram legalmente.
Carlisle, então, encontrou Rosalie e a transformou com a intenção de que ela pudesse ser uma companheira pra Edward, mas não deu certo.
Carlisle transformou Emmett quando Rosalie o encontrou, depois de ter sido atacado por um urso. Apesar de ele não ter transformado Alice e Jasper, ele os aceitou como parte de sua família quando eles vieram procurá-lo.

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